Na COP30, grupo de países apoia a adoção de 'mapa do caminho' pelo fim do uso de combustíveis fósseis

  • 18/11/2025
Dinamarca apresenta nesta terça-feira (18), às 14h (horário de Brasília), o “Mutirão pelo Roadmap dos Combustíveis Fósseis” Barbara Carvalho/GloboNews Um grupo de cerca de 80 países defendeu, nesta terça-feira (18) em Belém (PA), a importância da adoção de um "mapa do caminho" para o fim do uso dos combustíveis fósseis. O gesto formal é uma forma de pressionar os representantes reunidos na Conferência do Clima a apoiarem a construção de um roteiro oficial de transição global para longe do petróleo, carvão e gás. 🗺️ 🛣️ ENTENDA O TERMO: “Mapa do caminho” ou roadmap (em inglês) é o termo usado em negociações internacionais para designar planos de ação que estabelecem etapas, prazos e metas concretas rumo a um objetivo comum. Na prática, trata-se de um roteiro político e técnico que define “quem faz o quê, até quando e com quais recursos”. A defesa de um mapa do caminho foi realizada em entrevista coletiva em um dos auditórios da COP30 e foi convocada pela Dinamarca. Entre os participantes que declararam apoio à iniciativa estavam ministros da Colômbia, do Quênia, do Reino Unido, de Serra Leoa, entre outros. Até por volta das 14h20, não foi divulgado um balanço do total de países ou representantes ministeriais que declararam apoio ao mapa do caminho. "A urgência da crise climática não permite desaceleração. A ciência é clara e os impactos são diários e muito caros, particularmente para o sul global", disse ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Irene Vélez Torres. "Hoje, as pessoas ao redor do mundo estão mobilizando, em uma escala massiva, demandando ação concreta para a justiça climática, particularmente contra a expansão de fronteiras de combustíveis fósseis", acrescentou. Na coletiva, a delegação alemã também disse que praticamente toda a Europa apoia a iniciativa. “Vamos fazer um Mutirão global para nos libertarmos dos combustíveis fósseis”, disse Carsten Schneider, Ministro do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha. O secretário de Estado para Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, Ed Miliband, também reforçou que a coalizão reunida no Mutirão expressa um alinhamento raro entre países do Norte e do Sul globais e que o Sul, especialmente, tem insistido que o tema não pode mais ser ignorado. Ele afirmou que o momento político é favorável e que a COP30 tem a chance de avançar a transição para longe dos combustíveis fósseis, retomando o impulso deixado pela COP28. A proposta surge num momento em que o Brasil tenta incluir na agenda da COP30 um mapa do caminho para eliminar combustíveis fósseis, um dos pontos mais sensíveis da conferência e alvo de resistência de países produtores de petróleo (entenda mais abaixo). Os novos anúncios sobre o Mapa do Caminho sinalizam um avanço político relevante, a ampliação da coalizão — agora incluindo França, Alemanha, Brasil, Vanuatu, Colômbia, Benin, Djibouti, Quênia, Nigéria, Serra Leoa e Somália — demonstra que o abandono gradual dos combustíveis fósseis começa a consolidar tração em diferentes regiões e níveis de renda, reforçando legitimidade e diversidade geopolítica. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Um mutirão global contra a crise do clima O Brasil quer que a COP30 seja o ponto de partida de um grande esforço coletivo contra a crise climática. É por isso que o evento desta tarde recebeu o nome em inglês de “Mutirão Call for a Fossil Fuel Roadmap” (Chamado do Mutirão por um Mapa do Caminho para os Combustíveis Fósseis). Pela manhã, a ONU publicou o primeiro rascunho do "mutirão”, a proposta que tenta organizar os quatro temas mais difíceis da COP30: quem paga a conta da crise climática, como cada país mostra o que cumpriu, o papel do comércio nas regras ambientais e o que fazer diante das metas atuais, que ainda são fracas para segurar o aquecimento de 1,5°C. O documento é preliminar, mas já está preparado como algo que poderia ser aprovado pelos países, embora apresente várias alternativas, sinal de que as posições ainda estão distantes. A maior surpresa do texto foi a volta explícita da discussão sobre a saída dos combustíveis fósseis. Esse debate tinha perdido força nas últimas COPs e, em Belém, só vinha aparecendo nos bastidores. Agora, o tema entra oficialmente em duas partes do rascunho: em um bloco que reúne as metas de triplicar renováveis e dobrar eficiência energética até 2030, e em uma proposta de reunião ministerial para ajudar países a construir transições “justas, ordenadas e equitativas”, incluindo reduzir a dependência dos fósseis e avançar contra o desmatamento. O rascunho é baseado na nota divulgada no domingo pelo presidente da COP30, André Corrêa do Lago. Na segunda-feira (17), ele chegou a indicar que o texto poderia avançar após uma reunião com ministros na quarta-feira. Na prática, essa previsão parece improvável. As negociações sobre o “mutirão” ocorrem desde antes da abertura oficial da conferência, e o documento mostra que ainda há muito a ser conciliado. LEIA TAMBÉM: Mapa do caminho: por que o conceito pode se tornar uma das medidas do sucesso da COP30? Vista da refinaria da companhia de petróleo Pemex em Cadereyta, no México Reuters/Daniel Becerril LEIA TAMBÉM: Brasil tem 4 terras indígenas reconhecidas e 10 serão demarcadas após anúncio na COP 30 em Belém Lula rebate chanceler alemão e diz que Berlim não oferece 10% da qualidade de Belém: 'Deveria ter dançado no Pará' Gafes de Merz: chanceler que disse que alemães gostaram de sair do Brasil é notório por falas embaraçosas; veja

FONTE: https://g1.globo.com/meio-ambiente/cop-30/noticia/2025/11/18/paises-apoiam-mapa-caminho-fim-combustiveis-fosseis-cop3.ghtml


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