'Invocação do Mal 4: O Último Ritual' encerra franquia com emoção e bons sustos; g1 já viu

  • 04/09/2025
(Foto: Reprodução)
“Invocação do Mal 4: O Último Ritual”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (4), consegue manter viva a chama (ou seria o espírito?) da franquia e entrega tudo o que o público espera de um bom filme de terror: sustos eficazes, personagens interessantes e momentos perturbadores capazes de gelar a espinha até do espectador mais cético. E ainda traz um elemento extra para atrair os fãs: promete ser o último episódio estrelado pelo casal de investigadores paranormais mais querido do gênero. Assim como nos filmes anteriores, o longa se baseia em uma história real de grande repercussão para inserir elementos sobrenaturais fictícios que funcionam bem na tela. Desta vez, porém, o drama ganha mais espaço e provoca uma emoção inesperada. Esse diferencial faz o filme se destacar em relação aos anteriores (excetuando o primeiro) e revela a intenção dos realizadores de oferecer algo além de sustos fáceis. Assista ao trailer do filme "Invocação do Mal 4: O Último Ritual" Ambientada em 1986, a trama mostra Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) tentando levar uma vida simples, longe das investigações paranormais que os tornaram famosos. A maior preocupação que desejam ter é com a filha Judy (Mia Tomlinson), já crescida, e seu relacionamento cada vez mais sério com Tony (Ben Hardy). No entanto, um caso envolvendo uma família na Pensilvânia, vítima de estranhos fenômenos dentro de casa, faz com que Ed e Lorraine reconsiderem a aposentadoria e voltem à ação contra entidades maléficas para salvar todos de um destino cruel. O que eles não esperavam era que elementos do caso estivessem ligados a Judy, tornando a missão mais pessoal e perigosa do que qualquer outra que já enfrentaram. Espíritos do sucesso É impressionante como “Invocação do Mal”, de 2013, conseguiu inaugurar uma franquia de sucesso e se tornar objeto de culto entre os fãs do terror. Não apenas o primeiro filme, dirigido por James Wan (“Aquaman”), mas também suas sequências e derivados, como “Annabelle” (2014) e “A Freira” (2018), contribuíram para o surgimento do chamado “Invocaverso”, que popularizou seus personagens — especialmente os monstros. E “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” ajuda a manter esse universo ainda bastante ativo. Família é vítima de fenômenos paranormais no filme 'Invocação do Mal 4: O Último Ritual" Divulgação O quarto filme da linha principal da franquia se beneficia de um roteiro sólido, escrito por Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick. O texto equilibra bem os elementos de drama e terror ao retratar não apenas o sofrimento da família Smurl, atingida por espíritos misteriosos, mas também o medo crescente de Ed e Lorraine ao perceberem que os fenômenos investigados têm uma ligação direta com Judy. Esse novo elemento permite ao público se comover com a luta do casal para manter a filha a salvo do perigo que vem do além. A direção de Michael Chaves mostra evolução em relação ao trabalho anterior em “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (2021). Ele parece ter aprendido algumas lições com James Wan (que aqui assina a produção e coautoria do argumento) e constrói bons climas de terror e suspense — especialmente nas cenas em que um personagem se depara com algo que não é exatamente o que parece. Um exemplo é quando uma personagem acredita estar diante de uma brincadeira de criança, mas não há ninguém ali. Ou quando surge um vulto em um cômodo da casa, que poderia ser uma manifestação paranormal. Ao olhar mais de perto, percebe-se que é algo diferente, o que causa inquietação. Lorraine Warren (Vera Farmiga) enfrenta um perigoso inimigo em 'Invocação do Mal 4: O Último Ritual' Divulgação Apesar das boas intenções, Chaves nem sempre acerta na hora de assustar a plateia. Algumas cenas antecipam o susto e diminuem seu impacto, especialmente para quem já é fã do gênero. Dá até para prever o que vai acontecer — algo nada desejável em um filme de terror. “A Hora do Mal”, por exemplo, se sai melhor ao surpreender e assustar o público. Mesmo com esse porém, o filme não chega a decepcionar. Outro elemento importante da franquia é o grupo de fantasmas e monstros que compõem seu universo. Em “Invocação do Mal 4”, os protagonistas enfrentam não uma, mas três entidades com intenções malignas. Embora eficazes, elas não são tão marcantes quanto personagens anteriores, como a Freira ou o Homem Torto — talvez pelo design pouco criativo, que não impacta tanto na tela. Pelo menos, a consagrada boneca Annabelle volta a aparecer, deixando todos bastante desconfortáveis. Reflexos do medo Se as criaturas de “Invocação do Mal 4” não são tão surpreendentes quanto as já mostradas nesse universo, ao menos o filme mantém o fascínio pelos objetos amaldiçoados que movimentam a trama. Desta vez, é um espelho que conecta um caso antigo de Ed e Lorraine ao sofrimento da família Smurl, revelando-se um “adversário” difícil de enfrentar — algo que fica claro no terço final do filme, onde o terror ganha intensidade. Criatura sinistra aparece em espelho amaldiçoado em 'Invocação do Mal 4: O Último Ritual' Divulgação Quanto ao elenco, todos estão bem em seus papéis. Mas é inegável que tanto este filme quanto o restante da série não seriam os mesmos sem a ótima parceria entre Patrick Wilson e Vera Farmiga. Graças a eles, o público abraça a saga dos Warren, pois os atores convencem plenamente tanto como especialistas no sobrenatural quanto como um casal apaixonado, disposto a enfrentar o oculto, mas temeroso pelo que pode ameaçar sua união. A pouco conhecida Mia Tomlinson assume o papel da filha única dos Warren, substituindo Sterling Jerins (que interpretou a personagem nos três filmes anteriores) e McKenna Grace (em “Annabelle 3: De Volta Para Casa”), e se sai bem. A atriz convence nas cenas românticas e dramáticas, e nas sequências de terror não decepciona. Ela forma uma boa dupla com Ben Hardy (“X-Men: Apocalipse” e “Bohemian Rhapsody”), que interpreta o apaixonado Tony. Ele acaba sendo um alívio cômico involuntário ao lidar com o ciúme e a desconfiança do possível futuro sogro, gerando momentos divertidos enquanto tenta compreender as excentricidades da família que deseja integrar. Os atores que interpretam a atormentada família Smurl cumprem bem seus papéis, embora sem grandes destaques. Lorraine Warren (Vera Farmiga) e seu marido Ed (Patrick Wilson) voltam à ação em 'Invocação do Mal 4: O Último Ritual' Divulgação Com um desfecho que pode provocar mais lágrimas do que sustos — especialmente para os fãs das histórias fantasmagóricas do demonólogo Ed e a médium Lorraine — “Invocação do Mal 4: O Último Ritual” cumpre seu papel de encerrar esse ciclo com dignidade. Mesmo com esse encerramento, fica a sensação de que nem tudo está terminado. Afinal, novos derivados podem surgir no futuro, já que ainda há muito a explorar nesse “Invocaverso”. E o público, certamente, toparia sentir medo novamente no cinema com as criaturas que essa série apresentou. Cartela resenha crítica g1 g1

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/g1-ja-viu/noticia/2025/09/04/invocacao-do-mal-4-o-ultimo-ritual-encerra-franquia-com-emocao-e-bons-sustos-g1-ja-viu.ghtml


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