Área degradada na Bahia vira referência em restauração da Mata Atlântica

  • 17/11/2025
Área degradada vira referência em restauração da Mata Atlântica na Bahia Na Bahia, uma área degradada virou referência em restauração da Mata Atlântica. Do alto, o verde impressiona. Mais de 5 mil hectares, o equivalente a 5 mil campos de futebol de Mata Atlântica nativa. E paisagens como uma lagoa azul, que se destaca em meio à natureza. Mas a lagoa nem sempre foi assim, nesse tom azul, cercada de tanto verde. O local, há menos de 15 anos, era uma área bem degradada. Até descoberta, o que fazia com que toda a terra descesse para a lagoa e tornasse a água até um pouco turva. Essa transformação só foi possível graças ao replantio e reflorestamento. A foto mostra bem o antes e o depois. A mudança começou em 2010, quando a antiga fazenda de pecuária virou um laboratório a céu aberto para a pesquisa e restauração da Mata Atlântica. “Desde 2010, a empresa vem efetuando a marcação de matrizes na natureza. Então, são árvores que muitas delas são ameaçadas de extinção e nós coletamos toda essa genética que sobrou da Mata Atlântica, trazemos para dentro da empresa”, conta Mickael Bandeira de Mello, do Departamento de Produção de Mudas. É o ciclo completo: começa com a seleção das espécies e a coleta criteriosa das sementes, feita do alto das árvores. Depois, a semente é plantada por gente da comunidade. “Eu penso sempre no meu filho, na minha família, no meu lar. É através de uma semente que se cria essa região, essa floresta. É coisa para a gente sempre falar que é amor”, diz a viveirista Jéssica Brás da Unidade das Neves. Da fazenda saem, todos os anos, 5 milhões de mudas vendidas para empresas que querem restaurar áreas degradadas. E o trabalho vai além: investe em experimentos ecológicos e econômicos de longo prazo. O grande diferencial da fazenda fica em todo em um espaço que é onde ficam as árvores que apresentam melhor desempenho - seja no crescimento, na forma ou até na saúde. Em uma estufa, elas são replicadas em escala, através de cruzamento e clonagem, resultando em um melhoramento genético das espécies. “Todos esses indivíduos aqui são indivíduos selecionados e se demonstraram como indivíduos com performance superior em campo. Então, toda a pesquisa é voltada para coletar dados sobre esses melhores indivíduos e estudar todas as técnicas necessárias para a propagação deles”, explica Mickael Bandeira de Mello. De 56 espécies nativas no início, hoje são 160 – 18 ameaçadas de extinção. Um experimento em parceria com uma instituição israelense identificou quatro com alta capacidade de recuperação após períodos longos de seca e também grande potencial para reflorestamento sustentável: as espécies jequitibá-rosa, ipê-felpudo, vinhático e jacarandá-da-bahia. “Você germina as espécies e submete as plantas ao estresse, estresse hídrico e de calor também. E você começa a medir o comportamento delas, como é que se adaptam, como armazenam carbono, como armazenam água para o crescimento. A conclusão do experimento é que as nossas espécies que nós testamos, essas quatro, elas são muito adaptáveis, elas são muito resilientes”, afirma Bruno Mariani, CEO da Fazenda Simbioses. O trabalho une conservação ambiental à produção de madeira de qualidade, uma alternativa viável à exploração das florestas nativas. “A gente começou com a produção de mudas, de melhoramento genético. Isso acabou gerando um negócio que é muito importante para o negócio de madeira, porque eu consigo produzir mais madeira na mesma área e também estocar mais carbono na mesma área. O manejo que a gente faz aqui é um manejo perpétuo. Então, essa área vai ser eternamente manejada, ela vai ser colhida e replantada”, diz Alan Batista, diretor Financeiro da fazenda. Área degradada vira referência em restauração da Mata Atlântica na Bahia Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM TERMÔMETRO DA COP30 #DIA 8: a semana decisiva em Belém, a ausência que chamou atenção e as decisões de capa Cientistas alertam que COP30 tem apenas cinco dias para entregar 'roteiro claro' para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/jn-na-cop30/noticia/2025/11/17/area-degradada-na-bahia-vira-referencia-em-restauracao-da-mata-atlantica.ghtml


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