Além do Maracanã, deputado quer incluir terreno do Engenhão na lista de imóveis à venda pelo Governo do RJ
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Reprodução / TV Globo
O deputado Alexandre Knoploch (PL) sugeriu nesta quarta-feira (12) incluir o terreno onde está o Estádio Nilton Santos, o Engenhão, na lista de imóveis que o Governo do Estado do Rio pretende vender para reduzir parte da dívida com a União.
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A proposta foi apresentada durante sessão plenária da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando os parlamentares discutiam mudanças no projeto original do governo estadual. A votação definitiva estava na pauta do plenário nesta quarta, mas foi adiada após receber emendas novas.
Knoploch é relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deve definir o texto final e colocá-lo em votação na próxima quarta-feira (19).
Segundo o deputado, apesar de o estádio ser concedido ao Botafogo pelo município do Rio, o terreno pertence ao Estado.
“Saibam vocês que o Engenhão, o estádio do Engenhão, está em um terreno do estado. Aquela região que o Engenhão está, toda aquela área é da Central Logística. Então a gente também está fazendo uma emenda colocando o terreno do Engenhão à venda pelo Estado", afirmou Knoploch.
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Além do Engenhão, o parlamentar disse que pretende incluir rodoviárias como Novo Rio, Niterói, Nova Friburgo e Nova Iguaçu.
"A gente não quer que terminem as rodoviárias, só que não faz sentido algum o Estado ser o detentor disso, quando podem ter empresas que comprem essas unidades e administrem por sua conta. O Estado vai fazer o papel de fiscalizar”, disse.
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O projeto original previa a venda de 48 imóveis. Em discussões anteriores, a CCJ retirou 16 endereços e incluiu 30 novos, como o Maracanã, a Aldeia Maracanã e 28 propriedades da Uerj. Agora, novas inclusões estão sendo debatidas. Deputados têm até as 15h desta quinta-feira (13) para apresentar emendas.
A venda dos imóveis é uma tentativa do governo estadual de levantar recursos para aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permite usar bens públicos para abater débitos com a União.
De acordo com a Lei Orçamentária de 2026, o Rio deve pagar R$ 12,3 bilhões no próximo ano apenas em serviço da dívida. Segundo Knoploch, com as novas inclusões, o Estado pode arrecadar até R$ 5,5 bilhões.
“Nas contas que fizemos desses imóveis que vieram do Governo do Estado, mais o Maracanã, os complexos rodoviários e o terreno do Engenhão, a gente pode chegar a até R$ 5,5 bilhões, que podem entrar nas contas do Estado”, afirmou.
O texto ainda precisa ser votado no plenário da Alerj, onde poderá receber novas emendas para incluir ou retirar imóveis da lista final.
Em nota, a Prefeitura do Rio informou que, segundo a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o terreno onde está o Engenhão está cedido à Prefeitura do Rio.
"A área onde foi construído o estádio pertencia à antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA), retornando à União após a extinção da empresa, e sendo parte do Estado."
O Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, ou estádio Nilton Santos está localizado no antigo terreno da Rede Ferroviária Federal, no Engenho de Dentro. O Botafogo é o clube gestor do Engenhão.
Alexandre Macieira/RioturFONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/11/12/alem-do-maracana-deputado-quer-incluir-terreno-do-engenhao-na-lista-de-imoveis-a-venda-pelo-governo-do-rj.ghtml